Planos de aula

Como organizar um plano de aula
O plano de aula é composto por: tema, objetivos, conteúdo, materiais, procedimentos didáticos e possíveis intervenções e avaliação. Portanto, em um plano de aula: 
  • Tema: é o que será abordado na aula.
  • Objetivos: são as atitudes a serem desenvolvidas pelos alunos, isto é, o que os alunos devem aprender com a aula. Os objetivos são descritos sempre no infinitivo, pois diz respeito às ações a serem realizadas pelo aluno.
  • Conteúdo: é o que será ensinado. 
  • Materiais: são os recursos necessários para o desenvolvimento da aula. Dependem das estratégias que serão utilizadas para se atingirem os objetivos propostos.
  • Procedimentos didáticos: são as atividades ou estratégias desenvolvidas de acordo com os objetivos propostos. Podem ser descritos numa seqüência didática, encadeando as atividades de acordo com os interesses e necessidades de cada faixa etária (é fundamental que se conheçam as necessidades dos alunos, em cada estágio de desenvolvimento, do bebê à idade adulta). As intervenções do professor no decorrer da aula também podem ser previstas no plano de aula.
  • Avaliação: é o procedimento realizado para se averiguar se os objetivos propostos foram atingidos. Dessa maneira, o professor pode fazer, com mais segurança e eficácia, as modificações necessárias para as próximas aulas.
Um plano de aula não é um modelo a ser seguido rigorosamente. É a previsão do que será a aula, portanto, pode acorrer  como o planejado
pode mudar no decorrer da aula, conforme as circunstâncias do momento, a disposição dos alunos, do professor, do interesse despertado pelas
atividades propostas, etc. Da mesma maneira que o planejamento, o plano de aula é dinâmico e deve ser adaptado conforme a aula transcorre,
procurando atender às necessidades do momento, fazendo intervenções junto aos alunos, a fim de garantir que os objetivos da aula sejam atingidos,
tornando-a agradável e produtiva. Uma aula é sempre um processo coletivo, pois não existe ensino sem aprendizagem, nem aprendizagem sem
ensino, assim como não existe processo ensino-aprendizagem sem uma boa relação professor-aluno.


Um plano de aula de musicalização infantil

·         Faixa etária: a partir de 4 anos. 
·         Tema: As propriedades do som e as histórias infantis da cultura popular. 
·         Objetivos: Perceber e discriminar as alturas do som (grave, médio e agudo). Representar os sons corporalmente e graficamente. Criar novas possibilidades sonoras e organizar os sons a partir de histórias.  
·         Conteúdo: Propriedades do som – altura. Folclore brasileiro.                 
·         Materiais: flauta de êmbolo, teclado ou piano, flauta doce, xilofones, folhas de papel (sulfite ou cartolina), canetas coloridas ou giz de cera. 
·         Seqüência didática e possíveis intervenções:

1)     Canção de boas vindas - cantar o nome de cada aluno.
2)     Parlenda: Hoje é domingo andar marcando a pulsação e no final da parlenda, tocar sons do agudo ao grave e sentar no chão.
3)     História sonorizada contar sonorizando a história do urso:

      Vamos passear?
      Xiiii... tem uma árvore no meio do caminho.
      Vamos subir? (tocar sons do grave para o agudo e sugerir aos alunos que
      movimentem as mãos e os braços de baixo para cima, como se fossem
      subir uma escada).
      Vamos descer? (tocar sons do agudo para o grave e movimentar os braços
      para baixo).
      Vamos passear...
      Tem um rio no meio do caminho. Vamos nadar? (sonorizar e pedir que as
      crianças criem movimentos para os sons tocados).
      Vamos passear...
      Tem um matagal bem fechado. Vamos cortar?
      Vamos passear...
      Tem uma caverna bem escura. Vamos entrar?
      Xiiii... É o urso! Vamos correr!
     
4)   Jogo de percepção auditiva.
      Perguntar o que aconteceu quando... (tocar o som para a criança identificar e relacionar o som com o momento da história em que o som foi apresentado).
5)   Jogo de percepção da direção do som (do grave para o agudo ou do agudo para o grave) - morto e vivo com flauta de êmbolo.
6)   Percepção do som com o corpo - desenhar o caminho do som com movimentos corporais aprendidos na história do urso.
7)   Jogo de criação - improviso de movimentos a partir de estímulos sonoros (variar quanto à altura).
8)   Ditado melódico - desenhar o caminho do som no papel de acordo com a altura emitida por várias fontes melódicas (flauta, piano, xilofones).
9)   Leitura melódica - leitura do ditado anterior.
10) Composição: desenhar, sonorizar e representar sua própria história.
11) Encerramento: canção de despedida ou apresentação das histórias criadas pelos alunos. 
  • Avaliação: Observar se a criança é capaz de perceber e discriminar os sons emitidos e ainda como os relaciona com os movimentos. A percepção das alturas sonoras, por ser relativa, varia de pessoa para pessoa, fazendo com que, para algumas pessoas, o grave pareça mais agudo ou vice-versa. Portanto, observar a partir de que referencial a criança percebe a variação de altura dos sons. Partindo de uma dada altura, observar se a criança consegue perceber e discriminar a altura e a direção sonora. Se mais grave ou mais aguda em relação ao referencial dado. Analisar o registro gráfico da criança a partir dos sons propostos, tendo em vista a percepção e discriminação das alturas sonoras, procurando observar o quanto cada criança conseguiu fazer a relação entre os movimentos (para cima e para baixo) com a escrita proposta pelas atividades. Observar a fluência na leitura dos registros gráficos. Registrar o processo de criação de cada aluno (como cada aluno percebe e organiza os sons), isto é, como exercita a composição.
Terminada a aula, é importante que o professor faça o registro de tudo o que aconteceu na aula, para que possa comparar com o plano de aula, e fazer os ajustes necessários nos planos de aulas seguintes.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Blogger Templates